Tem idade para ser um ciberativista?

    Com o avanço da tecnologia, as pessoas passaram a enxergar a Internet como um grande meio de divulgação, e inúmeros movimentos sociais começaram a se expandir através das redes sociais, dando início ao fenômeno denominado ciberativismo.

    Essa forma de ativismo vem ganhando grande destaque em questões políticas, porém, há questões de como melhorar a vida do idoso na sociedade por meio da tecnologia. Um exemplo disso são os grupos que são contra a agressão à terceira idade. 

    O motivo deste tópico é o fato de a população idosa ter aumentado consideravelmente nos últimos anos, chegando a atingir cerca de 14,5% em 2015, sendo que 66% dessas pessoas utilizam da internet. E devido a esse crescimento, a terceira idade passou a ser mais vista como um mercado consumidor em potencial.

    Percebendo isso, algumas empresas começaram a dar maior espaço a campanhas voltadas para esse público. Como o Banco Itaú, que realizou uma campanha no ano de 2016 conhecida como Digitau, na qual duas idosas realizam desafios envolvidos com a tecnologia, nos quais as senhoras deveriam utilizar WhatsApp e pagar contas usando o celular.

    Não foram somente os bancos que notaram os idosos como grandes consumidores, pois a indústria cinematográfica também resolveu utilizar a figura dos mesmos no filme, “RED Aposentados e Perigosos” (2010) onde senhores utilizavam aparelhos eletrônicos com grande eficiência. No caso dos filmes, a terceira idade é um grande público alvo, já que, assim como as novelas, além de ser um grande meio de divulgação, é um forte hobby entre os idosos.

    Dessa forma, com a integração dos idosos no ciberespaço, podemos criar formas de ciberativismo baseadas nos interesses da terceira idade, como lutar pelos seus direitos e também pela tolerância zero à violência e ao abandono. 

    Portanto, não tem idade para ser um ciberativista. A partir do momento que há vontade de lutar por alguma causa e se tem um aparelho eletrônico com internet, já é possível entrar nesse mundo tão complexo e que ainda há muito a ser descoberto que é o ciberativismo.