A Política do Ciberativismo

    Muita gente pensa que política é apenas o voto a cada quatro anos e que os detalhes são problemas dos especialistas e políticos. A verdade é que tudo o que fazemos envolve política. A vida em sociedade tem muitos problemas e sempre terá, para a resolução desses eventuais conflitos existe a política. Qualquer ato em prol da vida pública é um ato político.
    Com a internet, essa relação se estendeu ao ciberespaço e proporcionou novas formas de fazer política, o ciberativismo é uma delas. Aquela petição online que você faz no seu condomínio para permitir animais nos apartamentos é uma forma de fazer política através do ciberativismo. O compartilhamento de uma petição no Facebook é um comportamento “profundamente político”, pois as pessoas expõem sua opinião em uma rede social e permitem um debate entre diferentes grupos sociais, é o que diz Pedro Abramovay, diretor de campanhas da ONG internacional Avaaz, da qual falamos em um post anterior.
    As ações feitas através da internet não anulam as que são feitas fora dela, ambas têm diferentes formas de atuação que funcionam à sua maneira. Algumas pessoas veem o ciberativismo como um retrocesso, que é coisa de preguiçoso, que é preciso sair às ruas para uma mudança real. Porém, o ciberativismo traz a sociedade a possibilidade de se posicionar a favor ou contra determinados assuntos e, principalmente, de alcançar milhões de pessoas e pode sim trazer mudanças importantes.